Aqui me despeço, amor que não encontrei,
Na solidão, fui largado ao vento, ao céu,
Meu coração, sofrido, agora é o meu papel,
No palco da vida, uma peça que não ensaiei.
Te amei com fervor, mas não me amaste o suficiente,
Na tempestade, nosso barco afundou, meu fiel,
Ficou a saudade, lembranças de um pincel,
Que pintou nosso sonho, mas desbotou, murchou.
No vento, meu amor, te deixo agora,
Pois nosso ardor jamais foi compartilhado.
No coração, a tristeza é a marca que outrora
Foi sonho doce, mas que agora é esquecido.
Tentei te conquistar com paixão profunda,
Mas teu coração não encontrou morada.
Meu amor, no vento, segue nesta jornada,
Um adeus silencioso à história que nos unia.
As lágrimas que derramei em segredo,
Agora são rios que fluem sem rumo.
Meu amor, hoje, já não é mais segredo.
Despeço-me, e no vento me consumo,
Esperando que o tempo, esse mudo enredo,
Cure as feridas do amor não correspondido, amado sumo.
Hoje, meu amor, é hora de te deixar partir,
Deixar no passado o que não pôde florescer,
Como um verso incompleto, a rimar sem sentir.
Ao vento, confio minha tristeza e meu querer,
Aprendi que nem todo amor pode persistir,
E agora, deixo-te livre, para o mundo correr.
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